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Çirculação da Balbúrdia - Hellen Balbinotti Costa
Çirculação da Balbúrdia - Hellen Balbinotti Costa

sex., 15 de mai.

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Çirculação da Balbúrdia - Hellen Balbinotti Costa

Dissertação de Mestrado - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) "FINANCEIRIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: TENDÊNCIAS NO PERÍODO 2010-2019"

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Horário e local

15 de mai. de 2020, 16:00 – 18:00

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Sobre o evento

Çirculação da Balbúrdia com Hellen Balbinotti Costa

Dissertação de Mestrado - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

"FINANCEIRIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: TENDÊNCIAS NO PERÍODO 2010-2019"

Roberto Leher (Orientador)

Resumo:

A presente pesquisa objetivou a investigação da migração de conglomerados educacionais para o segmento da Educação Básica. A partir da não autorização da fusão entre Kroton e Estácio, barrada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e da crise do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), especialmente a partir de 2015, observamos novas estratégias mercadológicas destes grupos, e de outras grandes corporações sob o controle de fundos de investimentos, como a expansão para o segmento de educação à distância e aquisições de escolas e produtos voltados para a Educação Básica. Ateamo-nos a coligir informações – Censo da Educação Básica e Superior do INEP, Jornal Valor, Relatórios da CVM/ B3, CADE, entre outros, que comprovam que a Educação Básica tornou-se um nicho de crescimento em âmbito privado e público, através, principalmente do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). A compra da Somos Educação em abril de 2018, pela Kroton, a torna mantenedora das principais editoras beneficiadas pelo PNLD – Ática, Saraiva, Scipione. Esta aquisição pareceu ser o pontapé que colocou estes conglomerados novamente em relevo. A educação ofertada pelo setor privado não é um fenômeno novo no Brasil, porém a entrada incisiva destas corporações, com capital aberto e controladas por fundos – nacionais e/ou estrangeiros, insere no segmento formas de negociação investigadas até o momento mais fortemente no Ensino Superior privado. Bahema, Sistema Educacional Brasileiro (Seb), Kroton, Grupo Eleva e Grupo Positivo compõem este enredo demonstrando estratégias mercadológicas como a oferta de matrículas, aquisições e fusões, a venda de produtos educacionais e, atuação dos fundos envolvidos. A pesquisa comprova que as corporações iniciam um processo de concentração de grupos, segmentando o mercado, e alcançam a educação pública por meio dos chamados sistemas de ensino, apostilas e livros didáticos.  Findada esta etapa (dissertação), chamamos atenção para dois destaques dentre os grupos estudados: Kroton e Eleva. Dois grupos de imensa relevância no cenário educacional, o primeiro consolidado no ensino superior, concentrando um número bastante expressivo de matrículas e alcance territorial via, principalmente, educação à distância e, o segundo, com forte influência na educação básica, principalmente, via sistemas privados de ensino e, a influência de seu sócio fundador, Jorge Paulo Lemann na elaboração de políticas públicas nacionais para a educação. Aqui trataremos de colocar em evidência  o papel do empresariado na expansão e centralização decorrentes dos processos de mercantilização e mercadorização do ensino superior e da educação básica privada, buscando detectar suas influências nas políticas educacionais, bem como, acompanhar e mapear a expansão e dinâmica desse processo intensificado da educação mercadoria.

Çírculação da Balbúrdia

A “Balbúrdia” se tornou um símbolo involuntário das universidades públicas. O estandarte de ouro do Ministro Weintraub para justificar o corte do orçamento dessas instituições, bem como de suas autonomias constitucionais. A propaganda vigorosa de difamação das universidades repercutiu em diversos dos aparelhos de propaganda do Estado, entre os quais os grandes jornais. Logo diversos editoriais clamaram pelo “fim da Balbúrdia”. Imagens das paredes de centros acadêmicos e edifícios abandonados foram banalizadas, notícias falsas e delirantes se proliferaram. O alinhamento é evidente: era preciso desmantelar o prestígio que essas instituições ainda detém diante da sociedade para extinguí-las. Mas que conhecimento é esse que se produz nas universidades e que é capaz de tirar o sono dos heróis da ordem e do progresso nacional? Deveríamos nós nos afastarmos de quaisquer depravações à intelecção da ordem? Deveríamos nos tornar cientistas brancos, de jalecos brancos, diante de quadros brancos? Muitos, dentre os quais entre nós, se agarram a essa imagem maculada da universidade como um espaço límpido de progresso e desenvolvimento. Nós, por outro lado, abraçamos a Balbúrdia.

A EFOP propõe um novo espaço de formação acadêmica e política para disputar a a universidade: a Circulação da Balbúrdia. Um espaço de debate sobre a produção acadêmica de esquerda das universidades públicas brasileiras. É um espaço para os pesquisadores apresentarem e discutirem suas teses e dissertações e colocá-las em circulação. 

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