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Circulação da Balbúrdia - Luiza Bertin
Circulação da Balbúrdia - Luiza Bertin

qua., 15 de set.

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Circulação da Balbúrdia - Luiza Bertin

Mercantilização de terras públicas e direito à moradia

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Horário e local

15 de set. de 2021, 18:30 – 20:30

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Sobre o evento

Circulação da Balbúrdia - Luiza Bertin

Mercantilização de terras públicas e direito à moradia

O trabalho está disponível na Biblioteca da EFoP.

Luiza é arquiteta e urbanista graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e presta assessoria técnica ao Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB/RJ).

Çírculação da Balbúrdia

A “Balbúrdia” se tornou um símbolo involuntário das universidades públicas. O estandarte de ouro do ex-Ministro Weintraub para justificar o corte do orçamento dessas instituições, bem como de suas autonomias constitucionais. A propaganda vigorosa de difamação das universidades repercutiu em diversos dos aparelhos de propaganda do Estado, entre os quais os grandes jornais. Logo diversos editoriais clamaram pelo “fim da Balbúrdia”. Imagens das paredes de centros acadêmicos e edifícios abandonados foram banalizadas, notícias falsas e delirantes se proliferaram. O alinhamento é evidente: era preciso desmantelar o prestígio que essas instituições ainda detém diante da sociedade para extinguí-las. Mas que conhecimento é esse que se produz nas universidades e que é capaz de tirar o sono dos heróis da ordem e do progresso nacional? Deveríamos nós nos afastarmos de quaisquer depravações à intelecção da ordem? Deveríamos nos tornar cientistas brancos, de jalecos brancos, diante de quadros brancos? Muitos, dentre os quais entre nós, se agarram a essa imagem maculada da universidade como um espaço límpido de progresso e desenvolvimento. Nós, por outro lado, abraçamos a Balbúrdia.

A EFOP propõe um espaço de formação acadêmica e política para disputar a a universidade: a Circulação da Balbúrdia. Um espaço de debate sobre a produção acadêmica de esquerda das universidades públicas brasileiras. É um espaço para os pesquisadores apresentarem e discutirem suas teses e dissertações e colocá-las em circulação.

Resumo

O presente trabalho propõe debater dois objetos centrais: o direito à moradia das classes populares e as terras estatais na região central do Rio de Janeiro. O objetivo desta pesquisa é compreender quais usos têm sido atribuídos a essas terras e quais são os caminhos possíveis para reivindicar a destinação dessas para a habitação de interesse social. A disputa pela cidade será analisada tendo de um lado a cidade casa e do outro a cidade mercadoria. Os interesses e ações de cada um dos lados serão postos, assim como as relações de poder que imperam na cidade capitalista. Estado e sociedade, que reivindica a cidade enquanto casa, e Estado e capital, que reivindica a cidade enquanto mercadoria. Para alcançar alguma resposta para as infinitas inquietações e questionamentos que esse trabalho me incita (ou para gerar mais algumas), serão ainda levantados e analisados dados a respeito do patrimônio da União que serão expostos graficamente através de material cartográfico.

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