Nesse eixo temático buscamos trazer debates sobre as consequências pedagógicas e psicológicas do desenvolvimento humano no interior da sociedade burguesa, bem como suscitar reflexões acerca das possibilidades alternativas ao que está constituído nesses campos.
As experiências de sofrimento psíquico também são uma faceta dos conflitos gerais da sociedade. Àqueles que se rebelam ou que não possuem as condições de se adaptar a essa forma desumana, são eles mesmos desumanizados, sendo levados às instituições formais que existem em todos os cantos do mundo: prisões, hospitais psiquiátricos ou ainda, às esquinas de centros urbanos, que cada vez mais abrigam pessoas desempregadas e excluídas dos meios de sobrevivência.
Há um constante esforço das classes dominantes para que os indivíduos se adaptem a essa forma de vida e que enxerguem como naturais os efeitos violentos da lei geral da acumulação capitalista. A classe dominante abriga sua própria forma de educar as grandes massas, seja pela adaptação ou pela exclusão.
Como seria o processo educativo em uma sociedade cujo princípio não é a miséria de muitos para enriquecimento de poucos? Uma educação que não está voltada a adaptar e naturalizar os efeitos dessa sociedade, mas para desenvolver as potencialidades humanas? Quais as consequências de um outro projeto de desenvolvimento para o campo da psicologia, pedagogia e da arte?
Essas são algumas das questões que nos motivaram a escolher as próximas duas obras do Clube do Livro à Esquerda. Esperamos que os assinantes possam ser movidos por elas e que aproveitem as próximas obras escolhidas pela curadoria!
Bons estudos!